Durante o BIMachine Moving - evento online que se propôs a desvendar os desafios da geração de informação inteligente e o universo de dados, o CTO da BIMachine, Augusto Fleck, ressaltou que BI não é ferramenta, é cultura, tecnologia e estratégia. “Se algum desses pilares falhar, o projeto não dará tão certo”, disse.
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Fleck apresentou os colegas de painel e explicou a relevância desses profissionais no debate de como organizar a estratégia baseada em dados. Isso porque responder questões como “qual a margem líquida por produto” ou “qual o custo de aquisição do cliente” é ainda mais complexo para modelos de negócios tradicionais, como é o caso das indústrias, que ainda estão construindo suas jornadas digitais.
No caso do Grupo Verdes Vales, Forgiarini explicou que a estratégia e a cultura de indicadores sempre estiveram presentes na empresa.
“Essa já era uma demanda da própria John Deere, ou seja, a utilização de metas, market share, entre outros, fez parte do negócio desde o princípio”, revelou.
O gatilho para que o Grupo escolhesse o BIMachine como solução foi justamente a dificuldade na apuração desses indicadores.
“A ferramenta foi absorvida pelas áreas instantaneamente e, por exemplo, planilhas que demoravam a manhã inteira para serem feitas se tornam digitais imediatamente”, acrescentou.
Forgiarini disse ainda que após a adoção da tecnologia, a corporação passou a fazer uma depuração mais assertiva, permitindo que, do ponto de vista operacional, os profissionais tivessem mais tempo para focar e atuar no business core do negócio.
“Na prática, inicialmente, nós buscávamos eliminar as planilhas artesanais, justamente por conta dessa cultura da empresa em focar nos indicadores. Porém, gerá-los se tornou um processo demorado. Os relatórios, por exemplo, eram disseminados por e-mail, ou seja, a quantidade de arquivos gerados era muito grande. Assim, jogamos para o BI a responsabilidade desses processos”, explicou.
A plataforma deu tão certo na empresa que os setores ainda não contemplados solicitam a implementação. “Não procuramos o BI porque era moda, mas por ser era uma necessidade. Hoje, algumas áreas batem à nossa porta querendo saber quando essa tecnologia chegará até elas”, finaliza.
Realidade parecida com essa era a da Peccin, como conta seu coordenador de Inteligência de Vendas, Anderson Piram: “da mesma forma, já trabalhávamos com indicadores de tempo de máquina, taxa de produção, homem-hora, etc. No entanto, a área comercial levava mais tempo preenchendo planilhas de desenvolvimento de vendas do que apoiando estrategicamente o time comercial”, ressaltou.
Foi nesse momento que a Peccin entendeu que precisava de uma solução de report rápido.
“A partir da implantação do BI, começamos a trabalhar qual a pergunta e qual a resposta que precisávamos fazer para atender tal objetivo, acompanhando não apenas o desempenho de vendedor, mas o que está sendo vendido, qual a participação, a curva de estoque, proporcionando maior entendimento do processo que envolve o produto antes mesmo de vendê-lo”, concluiu.
O grande gargalo da indústria eram os diferentes relatórios gerados.
“Precisávamos padronizar os indicadores, afinal, cada área da empresa apresentava os seus e o processo de avaliação se tornou muito complicado”, disse. Fizemos primeiro a validação e padronização nos setores, ou seja, definimos o que era faturamento para leitura de média dos nossos times, quais as variáveis de venda que entrariam nos descontos, como mediríamos os nosso desempenhos, qual era o melhor indicador e assim por diante” acrescentou.
A partir da implementação, novas perguntas foram surgindo.
“Quanto mais respostas temos, mais perguntas fazemos. E hoje entendemos comercialmente cada comportamento do cliente e os detalhes de cada venda antes mesmo de fazê-las. Vale ressaltar que o BI não deve gerar apenas relatórios, mas KPI´s. Essa tecnologia trouxe um dinamismo muito grande para a indústria, já estamos dentro do RH, na TI e iniciando com alguns recursos na área financeira. Essa é uma jornada de amadurecimento e simplificação de dados para melhorar a tomada de decisão”, concluiu.
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