- Douglas Scheibler, CEO da BIMachine
Empoderar o usuário. Um dos dogmas da BIMachine, que passa por democratizar, nas empresas, o acesso aos recursos de análise de dados, geração de insights e direcionamento de ações e decisões, é também um dos caminhos – e talvez o único – para atingir a maturidade em uma cultura de gestão orientada a dados.
O tema do chamado data driven ainda é um desafio para as empresas brasileiras, que depende de uma mudança de mindset, tanto entre as lideranças, quanto entre os liderados, para ser superado.
A definição é do Gartner, e vai em linha com o cenário atual da maioria das empresas, de todos os portes, do país.
Mesmo entre as grandes companhias, ou entre aquelas que já investem há algum tempo em tecnologias como BI, BA e Big Data, o conceito data driven ainda não é totalmente maduro e está mais na esfera do desejo do que da realização.
Para evoluir este quadro, entretanto, é necessário que cada área de negócio esquadrinhe suas demandas, capacidades e defina sua própria estratégia de ação e gestão com foco em dados.
Sei que pode parecer um tanto radical, mas, no fundo, é bastante prático. E, o melhor: provê um conceito de liberdade para o usuário que é, sem dúvida, a ignição que muitas organizações precisam para crescer em inovação.
O Gartner recomenda que todas as áreas de negócio enxerguem Data e Analytics como fatores críticos para a tomada de decisões – ou mesmo para a orientação de tais desígnios junto a superiores.
Do ponto de vista da tecnologia, a consultoria não poderia estar mais certa: se cada departamento tiver a liberdade para trabalhar com os dados que possui em relação às demandas com que convive e com os planos/ações que precisa definir, o resultado será uma empresa mais produtiva no geral, com foco melhor direcionado a seus mercados-alvo e maior garantia de assertividade nas decisões finais.
Para tanto, é preciso, em primeiro lugar, dispor de ferramentas que possibilitem o exercício de tal liberdade.
De nada adianta imbuir equipes de uma cultura orientada ao uso dos dados se estes mesmos times não conseguirem extraí-los, organizá-los, analisá-los.
Um BI ou BA que dependa da TI para extração ou geração de todo e qualquer dashboard, gráfico, painel ou outro material afim não trará evolução, mas sim retardo, já que voltará as empresas a um modelo engessado que já está ultrapassado.
Trata-se não apenas de dar recursos tecnológicos aos colaboradores e aos departamentos: é preciso ir além e dar-lhes também poder. Empoderar o usuário é o mote da tecnologia atual, que está realmente comprometida com os resultados de negócio.
Não por acaso, a já citada análise do Gartner descreve o cenário atual, de imaturidade em relação ao uso de dados nas corporações, como um quadro de erros, repetições, retrabalhos e atrasos em todos os processos corporativos.
Nada que não possa ser mudado, mas a mudança requer transformar o mindset do simples fornecimento de soluções para um mais complexo – e muito mais produtivo - envolvimento de todos com tais ferramentas.
Analisar, entender, propor, melhorar: todas estas são tarefas que precisam fazer parte do cotidiano das equipes de uma empresa, sejam elas de que setores forem.
O uso virtuoso de dados, bem como o poder para fazê-lo, precisa se tornar rotina geral para que os ganhos de negócio também se tornem.
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